Abre uma página
Outra
Abre toda a prateleira
Só não se abre à que deseja.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
" Podem notar que o que nos move quando nos apaixonamos é um estranho paradoxo. O paradoxo consiste no fato de que quando nos apaixonamos procuramos reencontrar todas ou algumas daquelas pessoas de quem gostavamos quando eramos crianças.Por outro lado, queremos que o ser amado corrija todas as faltas que os pais ou irmãos cometeram contra nós. Portanto, esse amor contém em si uma contradição.O desejo de voltar ao passado e o desejo de transformar o passado."
domingo, 29 de abril de 2012
Monalisa é Pop
O que antes estava protegido por vitrines a prova de balas, parafusos e senhas,
agora está sendo retratado nas capas de caderno, telas de cinema e discussões
sem fundamentos. As pinturas ainda foram desmontadas para quebrar cabeças e se
tornaram fantasias de carnaval.. A arte Renascentista, que pregou a valorização
da inteligência e o antropocentrismo, voltou com tudo no século XXI e pode ser
vista estampada em camisas, almofadas, anúncios publicitários, quadrinhos,
pôsteres e nas páginas de jornais e revistas (isso, quando não estão estampadas
na capa com um puta título “MISTÉRIO”).
A arte renascentista atualmente é só mais um produto na indústria cultural. Exemplos disso são as pinturas de Da Vinci (Monalisa e A última ceia) que era um pobre pintor que só queria retratar uma nobre pra descolar grana e o que está escrito na bíblia, mas gerou diversas polêmicas acerca do belo sorriso da Gioconda e da combinação de roupas que os personagens vestiam no momento em que Jesus pegou o pão e disse “este é o meu corpo...”.
Vale ressaltar que esta vulgarização não está ligada à arte em si, mas ao homem. As características da arte estão sempre ligadas às condições sociais dos indivíduos que a fazem, e isso é facilmente percebido ao analisarmos o passado. Vejam que o renascentismo foi marcado pela valorização do homem (antropocentrismo), numa época de diversas descobertas científicas, nascimento de uma nova classe social (burguesia), ligada ao comércio, e da reforma religiosa, o que é oposto a era medieval, onde a vida devia ser centrada em Deus (teocentrismo).
Atualmente não se sabe exatamente no que o homem está centrado, por isso não sabemos o tipo de arte que teremos futuramente, mas existe certo receio quando analisamos as possibilidades. O indivíduo parece estar cada vez mais desfocado, a medida em que a humanidade avança.
A única certeza que nós temos é a de que o homem se afasta cada vez mais de si, tornando-se sujeito a experiências de todos os tipos, assim como um falso modelo que posa para um falso pintor. Da Vinci não imagina, mas o homem hoje é uma Monalisa transformada.
A arte renascentista atualmente é só mais um produto na indústria cultural. Exemplos disso são as pinturas de Da Vinci (Monalisa e A última ceia) que era um pobre pintor que só queria retratar uma nobre pra descolar grana e o que está escrito na bíblia, mas gerou diversas polêmicas acerca do belo sorriso da Gioconda e da combinação de roupas que os personagens vestiam no momento em que Jesus pegou o pão e disse “este é o meu corpo...”.
Vale ressaltar que esta vulgarização não está ligada à arte em si, mas ao homem. As características da arte estão sempre ligadas às condições sociais dos indivíduos que a fazem, e isso é facilmente percebido ao analisarmos o passado. Vejam que o renascentismo foi marcado pela valorização do homem (antropocentrismo), numa época de diversas descobertas científicas, nascimento de uma nova classe social (burguesia), ligada ao comércio, e da reforma religiosa, o que é oposto a era medieval, onde a vida devia ser centrada em Deus (teocentrismo).
Atualmente não se sabe exatamente no que o homem está centrado, por isso não sabemos o tipo de arte que teremos futuramente, mas existe certo receio quando analisamos as possibilidades. O indivíduo parece estar cada vez mais desfocado, a medida em que a humanidade avança.
A única certeza que nós temos é a de que o homem se afasta cada vez mais de si, tornando-se sujeito a experiências de todos os tipos, assim como um falso modelo que posa para um falso pintor. Da Vinci não imagina, mas o homem hoje é uma Monalisa transformada.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Cidade Branca
Da pálida lava vulcânica se constroem os edifícios de Arequipa. Daí a alcunha de cidade branca. Reza a lenda que os Incas a batizaram. Em Quíxua, Arequipa soa algo como “fiquem aqui”.
Mas neguei tradições. Não fiquei. Fui ao Brasil em busca de bons médicos que pudessem me curar.
O tratamento do câncer de mama recém-descoberto rendeu uma cirurgia e dez sessões infindáveis de quimioterapia.
Me rendeu também a cura. E uma vida no país há 13 anos, na qual pude me estabelecer como artesã e trazer três dos meus cinco filhos.
Mas neguei tradições. Não fiquei. Fui ao Brasil em busca de bons médicos que pudessem me curar.
O tratamento do câncer de mama recém-descoberto rendeu uma cirurgia e dez sessões infindáveis de quimioterapia.
Me rendeu também a cura. E uma vida no país há 13 anos, na qual pude me estabelecer como artesã e trazer três dos meus cinco filhos.
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